Não sei onde mora o raio,
onde descansa a luz dispersa
ou se acautela de medo o Sol
que com a branca Lua
nestes dias se amoitou.
É quando morre
a esperança
e o peito sem ar
desaprende
mediar sentimentos.
Não conheço
o lado fundo das coisas,
nem da longa jornada pela vida
eu ouço falar.
Sou faina de minutos,
me dependuro
nos guindastes do tempo
sempre lutando para perto ficar.
Mas, da janela do tempo profundo
o que bebo é silêncio...
e o abraço de espinho
que tua ausência
no parapeito do espelho deixou...