Maria
Prosa e Poesia
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Textos

No Eixo da Ausência

Sou eu que pulso

como uma constelação de dor -

intensa, orbitando

o eixo da ausência.

 

Me ergo de angústias

como se a palavra

fosse matéria densa

e não me permitisse calar.

 

Sou um planeta em combustão

ou, outro em aridez brutal.

Contrastes longínquos

e tão próximos que até dói.

 

Pulso.

 

Sou eco que transforma

a ausência em rito.

Por isto, este canto sombrio,

esse luto do sentir.

 

Preciso um poema

que caminhe ao meu lado,

que me diga - com todas as letras -

que nunca estive, não estou

e jamais estarei - outra vez - só.

Maria
Enviado por Maria em 05/07/2025
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