Foram silêncios, brumas demoradas,
Que em mim pousaram teus astros dolentes.
E sob a noite das horas veladas,
Cantei teu nome em preces inocentes.
Na sombra azul das rosas recostadas,
Colhi saudades - flores persistentes -
Enquanto as luas, vagas e encantadas,
Tinham teus olhos entre as minhas mentes.
No campo santo dos meus pensamentos,
Há um jardim que ainda exala teu cheiro -
E nele escrevo os versos dos momentos.
Tua alma entrou, tão lenta e verdadeira,
Que já não sei se és sonho ou fundamento,
Se és voz do mundo ou luz derradeira...