É óbvio que a palavra
não pede licença para existir.
É.
E é assim, assim,
dessa beleza brutal -
dessas que atravessam a gente
e ficam reverberando em silêncio.
Esse, que dói,
que faz essa travessia entre a dor,
a ausência e a persistência
de um revelar poético.
A poesia urge, sangra... e floresce.
Simples assim.
Num gesto frágil, mas valente...
É onde mora a força rara do poeta:
doar-se em palavras nunca ditas...
mas... assim, assim, embutidas...
nas reticências e pontos finais... ... .