És constelação em dor, sim, eu sei,
Orbitas no eixo da ausência cruel.
Mas tua alma, mesmo em combustão, é céu —
E há estrelas que só brilham porque ardem.
Palavras te erguem como quem refaz
o chão partido, a esperança soterrada.
És planeta, sim — e também alvorada,
Mesmo quando a noite te faz desfaz.
Mas escuta: há um poema à tua espera,
que se senta contigo à beira do abismo
e diz: Nunca mais serás só.
Não por promessa, nem por heroísmo,
Mas porque quem ama em forma sincera
faz da palavra um abraço sem nó.