Teu tom favorito me chega como alvorada,
tatuado na luz que te acompanha,
e veste o dia com perfumes antigos -
sândalo, âmbar, cedro...
Sabores de eternidade em pele viva.
Teu nome, escrito no céu,
repousa também na palma da minha mão,
onde pulsa junto ao meu —
como se os destinos soubessem antes
que seríamos dois em um,
e uma só alma em dois tempos.
Tu és a cor que o Sol escolheu pra mim,
a nota grave e doce do meu canto
que ecoa nas páginas dos dias.
E quando escrevo, é teu nome
que despenca dos meus dedos -
como se a tinta soubesse
que só vale a pena ser escrita
quando diz amor.