Maria
Prosa e Poesia
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Textos

Névoas de Clausura

Já não tremo nas alamedas frias,

nem choro os sinos calados da ermida.

Aprendi que o silêncio também guia

e há flor que brota em terra adormecida.

 

Caminhei por estradas esquecidas,

vi sombras dançarem suas agonias,

mas guardei - no bolso da alma ferida -

um fio de sol, colhido em poesias.

 

As monjas, antes névoas de clausura,

agora costuram véus de claridade

nas rendas sutis da alma que perdura.

 

E a lira, que dormia em madrugada,

voltou a soar com voz de saudade

mas sem a mágoa - só luz renovada.

Maria
Enviado por Maria em 11/07/2025
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