Toda alma a bruma esconde,
os mistérios que ele não responde...
Sou o segredo, teu pequeno enigma,
que a noite leva e a solidão designa.
Sou o esconderijo,
a gruta onde tua alma se refugia...
No entanto, à luz não devo vir...
Então, na noite canto...
névoa sou... sou pranto...
de mim estás sempre a fugir.
A bruma da alma é melancolia
Sou Nada no rodapé da vida...
Tenho a alma, o espírito, o coração...
Tenho o Nada! Tudo!... mas, o corpo não...