Quero essa doçura etérea
do poema ainda a se fazer.
A leveza e o fogo íntimo
que beira a dança com as palavras
e habita as estrelas com um suspiro.
Quero sair de dentro
carregada de amor profundo,
suave e romântica como as maresias
levadas pelas brisas do vento.
Busco a contemplação do etéreo,
presença tua na janela do tempo profundo.
Quero o silêncio do pensar e da memória,
o poço lírico onde a Poeta habita
destrinchando os meus pra dentro
e a transitoriedade da areia
na velha ampulheta do tempo.