Maria
Prosa e Poesia
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Textos

Interstício do Tempo

Penso que o eixo - o mote - da palavra seja sempre a inspiração amorosa como matriz de toda criação. A mão segura o cinzel de palavras e o peito transita entre a ternura e a intensidade dos sentires. É em meus pra dentro que o poema se aproxima da linguagem epistolar poética - como uma carta do tempo, uma carta aberta ao amor, mas também à memória de um tempo vivido (ou devo dizer - sonhado). Construo mosaicos com o olhar de sorriso, olhar de profundidade, mas também, com o abraço não dado, o perfume misturado no ar, o beijo que ainda não aconteceu... Talvez deva dizer: o poema é uma carta aberta escrita no dorso do tempo, onde o amor é tanto presença como ausência e a palavra é tanto ponte como um suspiro do vento que busca compreender - não a lógica, mas o sentido com o corpo inteiro: mãos, olhos, coração. É por isso, que o poema habita no interstício entre o que foi e o que ainda sonha ser.

Maria
Enviado por Maria em 13/07/2025
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