Maria
Prosa e Poesia
Capa Textos E-books Fotos Livro de Visitas
Textos
Luzes De Pureza
E lentamente
fecho os olhos saudosos.

Por entre os cílios,
desce cálida,
a lágrima da dor.

Quantas vezes,
quando me deixaste só,
tentei no encanto noturno,
nas tuas lembranças,
adormecer.
Exausta das lutas do dia,
corroída pela saudade,
a vagar em meus sonhos
na fria madrugada.

Padeço!

Miserável noite
solitária
que me assola
com fantasmas
da negra solidão.
Teu silêncio ecoa
em minha mente  
e é a imagem que embaça,
- tal qual neblina -,
os sonhos meus.

Ah, essa saudade
que me enlaça,
como se fosse uma doença
que fere menos
quando desperto
e a dor anestesia
os sentidos já incertos.

E é assim, na incerteza
da tua sempre volta,
que esmago minha tristeza,
que faz de mim,
um corpo inerte, frio,
largado sobre
a toalha branca do altar,
onde deposito minha esperança
e carrego meu pranto
doce e triste, onde
descem cachoeiras de luzes
da pureza que não
me deixaste perder.

Sem teu calor,
já sou poeta das despedidas,
fada do recanto da tristeza,
não tenho paz,
sou infinito amor sem fim,
e aos céus imploro
que amanhã,
hoje, ontem,
voltes para mim...

E que venhas com garras
vermelhas de paixão,
arranhar de amor meu coração...
Maria
Enviado por Maria em 29/02/2008
Comentários