Diante do dilema da saudade,
meu coração ansia
pela presença que não vem.

Neste momento,
a ausência
arremessa minha alma
contra o tempo
que não pára,
nas horas,
que para mim,
não passam.

Ah, essa saudade!
Miserável sentimento
que assola, arranha,
rasga e arranca
o coração
alterando seu rumo.

E nada posso fazer
para mudar
o andar dos fatos
e transformar
as horas do dia.

Parece que
cada segundo
que passa
a dor aumenta
dentro do peito.

É impressionante
como me deixo
governar pelo tempo,
pelas horas e minutos,
que me levam
para um lugar
onde nunca fui,
e me colocam a viver
onde nunca estive.

E é dolorido o explodir
do sentimento apaixonado,
o coração... a bater...
a tremer... palpitando
num ritmo incompassado...